Havia um malabarista no sinal.
Com um olhar atento,
parecia desafiar a física.
Mantinha três objetos onde havia lugar para dois.
Disputava uma partida contra o Tempo.
Súbito: tudo caia.
Ganhava o Tempo.
Com tristeza no olhar, levantava os malabares
(que no caso eram pedras).
Havia, no entanto, um sorriso.
Um sorriso de quem sabia
de que, antes da morte,
o Tempo aceitaria outro desafio.
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